domingo, 19 de setembro de 2010

EDUCAÇÃO EXPANDIDA

Pelo que temos observado nesses últimos oito anos de governo do PT, torna-se indispensável a reflexão e a reformulação de vários conceitos correntes na sociedade brasileira. Entre eles, o conceito de Educação.

A educação é compreendida comumente como “conhecimento”, “escolaridade”, “acervo intelectual e cultural”, apenas. Mera simplificação! Na verdade é mais abrangente posto que intermedia as relações interpessoais e se expande para outro conceito mais extenso e profundo – a Convivência Social – condição que sintetiza a qualidade da vida de uma sociedade amadurecida.

A educação se funde com a formação do perfil ético-moral dos indivíduos e determina seus comportamentos sociais permitindo a fluência dos seus sentimentos, princípios e valores no continente relacional. É a justa consciência dos direitos e deveres individuais que constrói atos e determina os fatos. É a síntese da vida em sociedade.
A primeira instancia da Educação é a Família. Daí decorre as aprendizagens e experiências iniciais. Centro formador do caráter, é a primeira Escola que ensina as regras, os limites, os princípios e os valores da futura relação social. A afetividade, a solidariedade, o direito e dever e a integridade não são disciplinas do ensino fundamental, do médio e da universidade. É nesse âmbito familiar que a agressividade primária se socializa; onde se aprende a dialogar e consensualizar as divergências e as diferenças entre os membros do grupo.

As crianças nascem como os outros animais. Possuem as mesmas necessidades vegetativas e ainda não desenvolveram suas capacidades e potenciais para a vida em grupo. Aprendem pela cultura familiar o que necessitarão para uma adaptação estável à vida social. A escola formal contribui na ampliação da sua formação pessoal para conhecimentos científicos, artísticos, humanísticos e tecnológicos para que se torne um profissional, apenas isso. Todo bom profissional terá que possuir um sólido alicerce familiar de cidadão. Os pés podres de um profissional competente e bem conceituado podem ruir e transformá-lo naquilo que conhecemos como: bandido e autoridade corrupta.

Os últimos – e os anteriores – escândalos do governo federal, sob o comando lulista, me fizeram lembrar os dez anos que convivi entre infratores numa escola da FEBEM. A truculência, a mentira e a dissimulação eram os pilares que identificavam os líderes dos grupos que manipulavam e planejavam as ações infratoras. Nosso objetivo, como educadores, era compreender e atuar como reformuladores dessas ações reativas. Todos os infratores tinham como origem suas experiências em famílias pobres e desestruturadas.

Hoje compreendo que a Política reflete, com riqueza de detalhes, os desvios ético-morais que foram aprendidos na família e desenvolvidos nas experiências distorcidas que certas personalidades públicas adquiriram no decorrer de suas trajetórias. Nas escolas, nos sindicatos ou em outra qualquer instituição publica ou privada não se aprende a ser um cidadão. Portanto, a educação expandida inclui a formação do caráter.

“A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo”.
Nelson Mandela.

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